VIVA
“Uma grande praga filosófica do
século XX, que certamente nos acompanhará no novo
milênio, é a do sentimento
generalizado, da falta de objetivo pessoal. Tantas pessoas carecem de um senso
de objetivo ou significado em suas vidas que essa falta passou a
parecer normal. Mas poucos são
felizes dessa maneira. Geralmente não nos satisfazemos com a ideia de que a
nossa vida e o nosso mundo são completamente acidentais e sem pé nem cabeça.
Quanto mais olhamos nessa direção sem encontrar nenhuma outra explicação, mais
difícil é suportar. Os existencialistas são culpados somente em parte. Eram tão
interessantes — reunindo-se na Rive Gauche, fumando cigarros, tendo pensamentos
profundos, escrevinhando filosofia e poesia nos guardanapos e toalhas de mesa.
Os existencialistas eram realmente insuperáveis em fazer parecer romântico
matar Deus e se lançar no abismo.” (Lou Marinoff)
Hoje assim com em todos os tempos
pensadores debruçaram sobre o objetivo da vida. E o único é viver, não viver
com o sentido de respirar, mas de usufruir da vida momentos de felicidade capaz
de guardarmos como recordação e nos trazer prazer como recompensa.
- Onde estou? Para onde vou? Onde
tenho que chegar? Quem decide isso, é eu ou são os outros? Queremos ou não
Sócrates nos fala do pórtico do Templo de Delfos: “Conheci a ti mesmo”. Com
certeza para deslocarmos para algum lugar deve-se saber onde se está no mínimo,
pois, como planejar qualquer trajetória sem um ponto de partida. É aí que está
a questão. A grande maioria não sabe, não quer saber e nem liga prá quem sabe.
Mas, sabe reclamar de sua vida, falar da vida dos outros, ainda alegando ao
Divino o destino de sua e tantas vidas. – Como deixar de ser objeto? Observável
ou observador?
Num Mundo onde se fala do planeta
como uma única Aldeia, onde se dissemina a tal globalização, onde querem
padronizar a todos e aqueles contraditórios são tidos como anormais; quem
levantará a bandeira do esclarecimento. O mundo real ficou na cabeça de Platão
somente e a sociedade perfeita em sua República. Nesse mundo que vivemos as
coisas são para nós multifacetadas e relativas às incertezas dos momentos, ou
seja, um caos, em cada um tem o direito de ter o seu próprio. – Então como
saber administrar tudo isso? De certa forma todos criam e administram suas
expectativas e se realizam ou não, se trazem vitórias ou não, causam estresse
ou não, é como respondemos a cada expectativa aventada.
Nessa colmeia gigante, global; -
quem és? Nesse mundo seria você; os operários, seria os zangões, seria a
dominante? Esta perto de saber onde está? Está satisfeito onde estás? Se não,
vai para onde? Bem só se está perdido se não souber onde estás. Agora você
sabe. Não está em nenhum lugar e está. É mais ou menos de ser e não ser um
devir eterno. Um limbo permanente. Isto com certeza não é viver nem sobreviver,
na cadeia evolutiva você produz não somente para comer existe algumas sobras,
sobra tempo para mais, é agora vou enveredar, vou descobrir vou criar caminhos
fora do destino, vou eu mesmo ser um desbravador de vidas de minha vida, ir
mais e além, isso é dar sentido para o amanhã, isso é viver, isso é dar a vida
sinais de existência, isso é saber onde se está e traçar um rumo para a vida,
isso é sair da inércia, isso é mostrar ao mundo eu vivo observem.
Não espere, aja. Viva. Não
relegue aos outros ou a uma divindade seu fracasso. Lute até seu último respiro
tem-se uma estrada e é longa, então desfrute da paisagem.
VIVA.
Lourival Caetano